Erasmus é um dos principais programas do ensino superior e este ano faz 30 anos, tornando-se num dos mais bem-sucedidos e emblemáticos da União Europeia. Foi criado para actuar nos domínios da Educação, Formação, Juventude e do Desporto (2014–2020).
Os seus principais objectivos são: promover a mobilidade, desenvolver competências essenciais e reforçar os valores e a identidade europeia comum. O programa oferece a oportunidade de estudar, estagiar, fazer voluntariado ou obter experiência profissional no exterior a 9 milhões de pessoas.
São os milhares os estudantes universitários que procuram novas experiências, novas culturas, novos conhecimentos, conhecer novas pessoas e por isso decidem realizar este programa. O Erasmus é muitas vezes confundido com festas, com excessos, com férias da universidade, com gastar dinheiro aos pais… Mas é muito mais que isso…
Neste artigo tentaremos mostrar como te podes preparar para esta ‘aventura’, que vai mudar certamente a tua vida para sempre…
Como surgiu o nome Erasmus?
O programa deve o seu nome ao holandês Erasmo de Roterdão, filósofo, humanista, padre, critico social, professor e teólogo. Viveu e trabalhou em vários locais da Europa para expandir o seu conhecimento e ganhar novos horizonte. Deixou toda a sua fortuna à Universidade de Basileia.
E.R.A.S.M.U.S. é, também, uma sigla para European Region Action Scheme for the Mobility of University Students (ou, em português, Esquema de Ação Regional Europeia para a Mobilidade de Estudantes Universitários).
Países abrangidos pelo programa Erasmus
Estão abrangidos pelo programa todos os 28 Estados-Membros da União Europeia e ainda mais 5 países Turquia, Antiga República jugoslava da Macedónia, Noruega, Islândia e Liechtenstein. Em todos os países é possível estudar, trabalhar e realizar voluntariado.
Quem pode realizar Erasmus?
As regras de admissão de candidaturas podem variar de instituição para instituição mas todos os alunos devem ter completado, pelo menos, o primeiro ano do plano de estudos (frequentem o 2º ou 3º anos do seu curso).
Bolsas de Erasmus
Obviamente que esta experiência, seja em que país for, vai ter custos inerentes e muitos estudantes recorrem às bolsas de Erasmus. São bolsas de mobilidade, não são bolsas de estudos, e destinam-se, apenas, a cobrir as despesas suplementares resultantes da realização de um período de estudos noutro Estado elegível, designadamente as despesas de viagem e as decorrentes da diferença do custo de vida no país anfitrião. Assim, não têm por fim cobrir a totalidade das despesas normais de subsistência do estudante.
Não é um dado adquirido que tenhas direito a esta bolsa, por isso é importante planear este intercâmbio e encará-lo como um investimento no teu percurso académico, pessoal e profissional.
Onde ficar?
O alojamento é da inteira responsabilidade dos estudantes e cabe-lhes escolher o melhor local para viver durante este intercâmbio.
Aspectos que deves ter em atenção:
- Localização: onde ficar? Perto da faculdade ou do centro da cidade? Que transportes há?
- Casa/quartos: tem despesas incluídas? Tem acesso à internet? Quantos quartos e quantas casas de banho há?
- Residências: quais são as regras e as condições? O quarto é individual? Tem cozinha, lavandaria e Internet? Que despesas estão incluídas na mensalidade? Quais são os transportes para a Universidade?
- Bairro: é calmo ou tem muito movimento? É perigoso para andar fora de horas? Tem comércio (supermercado, cafés, serviços, etc)?
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Estatísticas do programa Erasmus
França, Alemanha e a Espanha continuam a ser os três principais países de envio, enquanto Espanha, Alemanha e Reino Unido recebem a maior parte dos participantes no Erasmus+.
Relativamente a Portugal, dados de 2014 revelam que os três principais países de destino eleitos pelos portugueses são Espanha, Itália e Polónia.
No ano de 2015, o programa Erasmus atingiu um número recorde de 678 mil participantes, sendo que 16.116 são alunos portugueses, anunciou a Comissão Europeia.
O relatório anual mostrou o programa permitiu que mais de meio milhão de europeus estudasse, recebesse formação, trabalhasse ou fizesse voluntariado no estrangeiro, tendo a União Europeia investido 2,1 mil milhões de euros em mais de 19.600 projectos que envolveram 69 mil organizações.
Em Portugal, mais de 16 mil pessoas participaram num total de 320 projectos, financiados com 30,38 milhões de euros, com a maior fatia, de 18 milhões de euros, destinada ao ensino superior.
Testemunhos
Nesta reportagem da SIC Notícias é possível perceber a ambiente e o espírito dos estudantes que procuram Portugal para realizar o programa Erasmus. Vale a pena ver!
Conclusão
O programa Erasmus tem vindo a criar oportunidades para os jovens, permitindo-lhes desenvolver competências essenciais, incluindo competências sociais e inter-culturais, e a promover a cidadania activa. É possível perceber que os jovens que participam nestes programas entram mais facilmente no mercado de trabalho, são mais abertos à diversidade e sentem-se mais próximos dos ideais europeus.
Por isso se pretendes estudar, estagiar ou trabalhar num país diferente do nosso, consulta o departamento de Erasmus da tua instituição de Ensino Superior e parte à aventura, rumo a uma grande experiência, que marcará a tua vida para sempre!