Em tempos de crise, a questão financeira é uma das mais importantes na altura de escolher um curso superior e a instituição onde se vai prosseguir os estudos. São inúmeras as preocupações (e gastos) que os pais têm que ter quando pretendem que os seus filhos entrem no Ensino Superior – propinas, alojamento, alimentação, material de estudo, entre outros.
Pensando em todos estes factores, quanto custará um curso superior?
Neste artigo pretendemos fazer um apanhado dos valores em causa e orientar os pais/alunos quando pretendem tirar um curso universitário.
Propinas e taxas de inscrição
A grande fatia dos gastos provêem das propinas que é preciso pagar para frequentar o curso e a instituição escolhida. O custo de um curso superior é fixado todos os anos no inicio do ano lectivo, até Setembro, pelas próprias universidades e politécnicos.
Desde o ano passado que a propina máxima estabelecida é de 1063,47 euros e, por ordem do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, este ano não sofreu alterações.
Custo de um curso superior em Portugal (Universidades)
Custo de um curso superior em Portugal (Institutos Politécnicos)
Alojamento
Depois da decisão de prosseguir estudos no Ensino Superior e de ponderar os cursos a que se candidataram, surge mais um grande problema… Ficar próximo de casa (até mesmo numa instituição privada) ou ficar deslocado numa instituição onde fomos colocados?
Aqui existe outra decisão a tomar, ficar em residências universitárias ou alugar um quarto próximo da instituição escolhida? Vejamos quais as melhores opções para quem vai iniciar um curso superior.
De todas as instituições públicas, apenas uma não apresenta uma área de residência própria. A única instituição que não dispõe de uma área de alojamento é o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, em Barcelos.
O número de residências e a sua capacidade tem aumentado significativamente, sendo que as instituições têm feito um grande esforço para melhorar as condições para os estudantes. Entre 1998 e 2013, o número de camas aumentou cerca de 48%.
Os valores estabelecidos para o alojamento de alunos com bolsa estão fixados nos 73,36 euros por mês, 15% do salario mínimo nacional.
Dependendo do tipo de apartamento, o custo do alojamento pode variar entre os 250 euros mensais, no ISCTE, por um apartamento T1, e 220 euros um T1 duplo, na Universidade da Beira Interior, na Covilhã.
As residências universitárias, geridas pelos Serviços de Ação Social de cada instituição de ensino, foram pensadas para os estudantes bolseiros, com menores possibilidades financeiras. Por isso, a prioridade é dado aos alunos com maiores dificuldades e em que seus pais não possam comportar os custos do alojamento universitário.
Que tipo de alojamento escolher? Veja neste artigo qual a melhor opção que devemos escolher, fazendo a diferença entre alugar uma casa/quarto ou ficar numa residência universitária.
Como a grande maioria dos estudantes não consegue colocação no alojamento disponível pelas instituições universitárias, os alunos e as suas famílias têm que procurar casa/quarto nas imediações do campus universitário.
A seguir vemos os custos de quartos em cada cidade e tentamos perceber se o alojamento é um dos principais encargos quando se pretende continuar a vida académica.
No próximo artigo iremos abordar a questão da alimentação, cantinas e refeitórios universitários, fazendo as contas ao custo de um curso superior. Algumas publicações referem que o custo inerente à formação universitária ou politécnica pode ascender a mais de 6500 euros por ano, representando cerca de 63% do orçamento anual das famílias portuguesas.